segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Eu

Me sinto nu. Sou apenas uma exposição de curta duração, uma peça de um grande acervo. Quem já viu gostou ou não gostou, ou nem tem opinião. Quem sabe do evento talvez tenha curiosidade de conhecer, mas o mais provável é que não. Talvez seja imperdível, assim como todas as exposições.
Não existe segredo, ou intimidade. Sou público só por ser. Sou uma matéria, se é que a matéria é alguma coisa. Sou feliz e triste, extrovertido e tímido, comunicativo e anti-social, inteligente e burro. Tem quem diga que sou, mas se sou esse paradoxo talvez não seja. Pensar não me torna um existente. Não tenho mais o que dizer.
Desculpe os erros de português, não estou com vontade de revisar o texto.

sábado, 31 de julho de 2010

Se não tem sentido vamos continuar fazendo

Os pensamentos de ninguém, sem informação, sem entretenimento, sem estética. Estive pensando na validade deste meio. Um blog que fale sobre o que eu não sei! Quem se importa com o que eu penso? Eu mesmo não me importo. Não faz sentido algum mantê-lo. Por outro lado, manter o que não faz sentido não é nenhuma novidade no mundo. Trabalhamos para enricar um grupinho de acionistas e ainda nos sentimos felizes por estarmos empregados. Queremos ganhar mais dinheiro para podermos comprar coisas inúteis que só vão enricar mais os mesmos acionistas. Vamos à faculdade. Estudamos alguém que não estudou merda nenhuma para saber mais que a gente. Mantemos a possível duplicidade da frase para não ter que pensar em outra. Dizemos "estive pensando", depois "quem se importa com o que eu penso". Escrevemos coisas sem sentido para falar da falta de sentido do mundo. Terminamos os exemplos brutalmente para falar que se é para manter a falta de sentido eu digo que fico.

sábado, 17 de julho de 2010

Num dia como hoje

O que dizer num dia como hoje? As palavras parecem não fazer efeito.
O que fazer num dia como hoje? Trabalhar e depois barzinho com os amigos parece insuficiente.
O que esperar num dia como hoje? Dinheiro, amor e felicidade não costumam se dar muito bem juntos.
O que querer num dia como hoje? A poluição, o estresse não nos permite saúde.
O que pensar num dia como hoje? Somos programados, máquinas não pensam.
O que ter num dia como hoje? Quando acabo a prestação já estragou.
O que comer num dia como hoje? Transgênicos.
O que esperar do futuro num dia como hoje? Que futuro?
O que se perguntar num dia como hoje?

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Deve ser isso. Ou não.

Um, dois, três, quatro... é impossível contar no dedo. O certo é que são muitos. Vivem no meio da sujeira, lixo e doença. Tomam banho nas fontes – Ainda bem que elas são só decorativas, ninguém vive dessa água. Passamos de um lado para o outro, caminhamos nas praças, em frente às igrejas, vemos lanchonetes limpas, sujas e mais ou menos e sempre nos deparamos com eles, seja esmolando nas praças, pedindo a ajuda de Deus nas igrejas e comida nas lanchonetes limpas, sujas e mais ou menos, vasculhando o lixo, o luxo, o desuso e o desumano. Usam drogas, fazem filhos e amigos que na primeira oportunidade comerão seu único pão. Sentem mais frio no inverno, mais calor no verão, mais ódio a cada dia, amor nenhum.
Companheiros e companheiras não serão presidentes, não são lembrados nem aparentes, são pessoas, mas não gente, são rimas sem sentido e sem poesia presente, nessa crônica quase, para manter a rima, ausente.
Paremos com isso porque a vida não é tão bela assim. Nem toda estética do mundo pode lhe fazer perceber a falta de ética presente na ética corrente – essa rima não foi intencional, mas veio a calhar. Enquanto, em um prédio na Quinze de Outubro, bilhões de dólares, reais e irreais, são negociados todos os dias através de ações no mercado, dezenas de pessoas negociam um pedaço de pão, um pouquinho de dinheiro e de esquecimento.
Continuo: Moradores do centro da cidade de São Paulo vivem na periferia da sociedade, dormem nas camas de pedra, sem palha, só pedra. Tem gente na minha frente falando de beleza, roupa, homens e mulheres, bebidas, marcas e mais o que? Não sei. Alguém Sabe? Que me adianta um emprego nessa construção, Niemayer ainda não morreu, Marcelo Tas fez 50. O trem de carga está passando, o metrô atrasou. Onde está a rosa dos ventos? No marco zero tem uma igreja e no caminho uma pedra. Isso não faz mais sentido. Certamente que não.

sábado, 19 de junho de 2010

Não sou genial

Gostaria de ser uma dessas pessoas geniais, sabe. Ser o melhor jogador de futebol, dar dribles espetaculares, fazer mais de mil gols. Podia ser músico autodidata, sacar um instrumento e tirar notas sem nunca tê-lo visto. Podia ser um grande ator, fazer platéias chorarem e rirem só com um movimento de sobrancelha. Ou só ter um grande talento que me faça destacar na multidão. Eu seria uma daquelas crianças estranhas que todos chamariam de louco, maluquinho e na menor brecha mostraria minha genialidade. Seria muito legal. Mas eu não sou assim. Sou um cara normal, como as outras seis bilhões de pessoas na terra. Não sou um bom jogador de futebol, nem de vôlei, nem de pingue-pongue. Não sei tirar uma nota do violão ou de um sino. Não sei nem mentir direito.
O que fazer, né? Tenho que conviver com isso. Viver uma vida normal, ter um emprego normal, uma casa normal. Aliás, talvez eu enfrente uma nova jornada, vocês provavelmente verão. Não vai ser nada genial, será algo normal. Eu que vou fazer. Esperem.

Deus e o tempo

Uma vez um amigo meu me perguntou “quem criou Deus”. Sem pensar muito, eu dei uma daquelas respostas já preparadas e treinadas: Deus sempre existiu. Nem sempre as respostas prontas são ruins, essa, por exemplo, é boa. Mas poucos se convencem com ela. Isso porque não temos um comparativo humano. Como pode existir algo que não teve início?
Mas, refletindo bastante sobre isso, encontrei algo que também não teve início, que possamos explicar, pelo menos, que também sentimos e vivemos mesmo sem perceber: o Tempo. Quem soltou o cronômetro? Bom, estou inclinado a dizer que foi Deus, mas como essa é uma explicação para um possível ateu não adotarei essa resposta. Pensarei que assim como Deus o tempo sempre existiu e continuará existindo. Talvez os dois existam juntos.
Antes de você nascer o tempo já existia, antes da sua mãe, sua avó, bisavó. Assim também é Deus. Deus é o criador, tudo o que existia antes da criação sempre existiu. Para nós tudo é criado, porque o que vemos e sentimos acabam de alguma forma. Deus não acabará.
Queria ampliar esse pensamento, mas sou muito limitado para isso. Se um dia, no futuro, eu voltar a pensar nisso talvez encontre algo melhor ou alguém faça por mim.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Loucura sã

Aqui no manicômio foi que encontrei pessoas normais.
Ao contrário que lá fora, nosso mundo não se limita só as paredes que nos cercam.
Aqui todo mundo sabe que o dinheiro é só uma invenção, de um louco é claro, e que ele não pode comprar nada.
Os termos de mercado, os bancos são só loucuras dos sãos.
Quando recebemos visitas é que é ruim, parece que vamos enlouquecer.
Eles vêm com aquelas teorias malucas e dizem que não somos normais.
Quem dera que o mundo fosse feito de manicômios.
“Você é um visionário Quaresma”, um louco, mas uma loucura sã

terça-feira, 18 de maio de 2010

Mundo Crepusculoso

O que olhamos? Ou melhor, o que procuramos naquilo que olhamos? Parece que a maioria não procura nada, só olha. Em outros séculos, as pessoas procuravam um sentido, algo que lhes dessem um motivo para continuar vivendo, ou para viver. Hoje não olhamos nada. Não precisamos de sentido. Tornamos-nos máquinas programadas para determinadas funções. Não pensamos mais, portanto praticamente não existimos. Nascemos, temos um tempinho aparentemente livre, até que vamos “estudar”. Aí começa a lavagem cerebral, em termos mais atuais, a instalação do software. Daí em diante só fazemos coisas programadas. O pior de tudo é quando você termina a escola tem o mundo inteiro para desvendar, coisas para fazer, mas você, programado para certas funções, decide entrar na faculdade. Oh burrice, que também eu cometi. Você fecha ainda mais o seu mundo. Antes você podia ser tudo. Agora é um mero administrador, economista, jornalista, advogado. E o que se cria de novo? Só tecnologia. Alguém aí precisa de tecnologia? Gostaria de justificar a última pergunta, mas para quê? Não sei mais o que falar. É melhor ler o seu capítulo de hoje de Crepúsculo!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Falar a verdade é ético.

Um dos assuntos que menos gosto é ética. Mesmo porque não sei direito o que é isso, novidade! Quem mais gosta de falar disso? Os donos de empresas. Cada vez mais eles procuram pessoas gananciosas e éticas. É claro: se você perder um cliente, uma conta, ou seja lá o que for que faça a empresa perder dinheiro por simplesmente seguir os padrões éticos, você será demitido. Apesar que a moda é ser ético por pura falta de ética, já que isso faz a empresa ganhar mais. Assumir erros também é moda, mesmo que você não tenha errado.
Como ser ético e capitalista ao mesmo tempo? É ético ganhar milhões enquanto a maioria ganha menos de mil reais no mês? Só posso pensar que não existe ética. Ética é tão utópico quanto o comunismo, o socialismo e o capitalismo - É o capitalismo também é utópico, mas esse é assunto para outro dia - Podemos então criar teorias sobre a ética, estudar - é melhor não, mas pode - algum pensador que falou sobre o assunto, mas não dá para ser ético.
O papo tá chato. É melhor ver o discurso do Evo Morales sobre as galinhas com hormônios femininos que fazem das cocas, fantas e das fankeiras, popozudas.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Pensar nos Pensamentos

Vamos pensar na organização do nosso pensamento. Pensamos através da linguagem. Não só por causa da linguagem, mas da codificação da linguagem, ou seja, a língua. Isso está ficando complicado. O que eu quero dizer é que a organização do nosso pensamento é através das palavras. Pense pra experimentar. Eu espero...


...



Eaí, não é verdade?
Agora que você provou, vamos pensar em outra coisa. Se a organização do nosso pensamento é através da fala, como um surdo-mudo pensa?

Comente para eu terminar o texto.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Para começar

Há muito não escrevo. Talvez nem saiba mais como se faz isso. A grotesca ignorância que me segue não me permite evoluir em alguns aspectos. Mesmo porque, algumas coisas não me parecem fazer tanto sentido. Por exemplo: a forma como escrevemos. É claro que temos que ter o mínimo de regras, aliado ao bom senso. Mas, que diferença tem entre escrever "missa" e "miça"? A pronúncia é a mesma e, pelo que sei, não há nenhum outro significado para essa palavra. O que eu quero dizer é que de qualquer forma você vai entender. O sentido do texto não muda por causa do "Ç" ou dos "SS". Se não tivéssemos esse código linguístico, as letras, e só usássemos desenhos para escrever, na frase "O macaco sobe em árvores", que importância teria se ao invés de desenhar um pé de laranja para representar a árvore, desenhasse um pé de maçã. Bom, isso é só uma besteira que estou pensando. Deve haver milhões de críticas bem fundamentadas e verdadeiras contra esse argumento idiota. Além disso, esse é só um exemplo das centenas de coisas que existem e que praticamos que eu não entendo. E o mundo não vai mudar por causa disso. Acho!

Tentarei, sempre que possível, escrever textos curtos. Assim, talvez, você tenha coragem de ler. Esse é mais um blog igual aos outros, então não se empolgue.