sexta-feira, 21 de maio de 2010

Loucura sã

Aqui no manicômio foi que encontrei pessoas normais.
Ao contrário que lá fora, nosso mundo não se limita só as paredes que nos cercam.
Aqui todo mundo sabe que o dinheiro é só uma invenção, de um louco é claro, e que ele não pode comprar nada.
Os termos de mercado, os bancos são só loucuras dos sãos.
Quando recebemos visitas é que é ruim, parece que vamos enlouquecer.
Eles vêm com aquelas teorias malucas e dizem que não somos normais.
Quem dera que o mundo fosse feito de manicômios.
“Você é um visionário Quaresma”, um louco, mas uma loucura sã

terça-feira, 18 de maio de 2010

Mundo Crepusculoso

O que olhamos? Ou melhor, o que procuramos naquilo que olhamos? Parece que a maioria não procura nada, só olha. Em outros séculos, as pessoas procuravam um sentido, algo que lhes dessem um motivo para continuar vivendo, ou para viver. Hoje não olhamos nada. Não precisamos de sentido. Tornamos-nos máquinas programadas para determinadas funções. Não pensamos mais, portanto praticamente não existimos. Nascemos, temos um tempinho aparentemente livre, até que vamos “estudar”. Aí começa a lavagem cerebral, em termos mais atuais, a instalação do software. Daí em diante só fazemos coisas programadas. O pior de tudo é quando você termina a escola tem o mundo inteiro para desvendar, coisas para fazer, mas você, programado para certas funções, decide entrar na faculdade. Oh burrice, que também eu cometi. Você fecha ainda mais o seu mundo. Antes você podia ser tudo. Agora é um mero administrador, economista, jornalista, advogado. E o que se cria de novo? Só tecnologia. Alguém aí precisa de tecnologia? Gostaria de justificar a última pergunta, mas para quê? Não sei mais o que falar. É melhor ler o seu capítulo de hoje de Crepúsculo!