quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Bobagens da vida

Extremamente irritado com as pessoas que se valem através de um diploma. Pessoas que se acham elite por possuir um curso de nível superior. Acham, como acontecia antigamente, que todos deveriam lhe chamar de doutor; que sua opinião é mais importante ou mais digna; que tem autoridade para falar. São puros ignorantes. Não sabem de nada. Seu diploma é um papel. Seu conhecimento não é superior. Você não é mais importante que ninguém. Dê oportunidade que qualquer um terá um diploma, se quiser, porque tem essa também. É algo dispensável. Tenho conhecidos que podiam, mas decidiram não fazer faculdade. Trilharam outros caminhos. E, se você considera que ter dinheiro é sucesso, eles estão muito melhor do que a maioria dos graduados. Então, converse como igual. Deixe o diploma em casa antes de debater algo.
É difícil, né? Vou lhe recomendar um curso sobre isso.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

As redes sociais e a vida off-line

Muitas coisas rolaram nas redes sociais nestas eleições. Desde boas ideias, propostas e argumentos a favor ou contra um candidato; até atos preconceituosos (vergonhoso), xingamentos, exclusões de perfis, perda de “amizades” e rompimentos em família. Tudo isso será resolvido na ceia de Natal (Antes das criticas a piadinha: se você não entendeu, diminui grosseiramente a importância desse assunto porque não quero falar sobre isso agora. Foi apenas uma abertura para o que virá depois). Entretanto, o que se comemora por aí foi o interesse popular na política e em um futuro melhor. Dizem que foi o maior empenho público da história no assunto. Mesmo que ninguém tenha me perguntado (algo muito legal online), essa não é exatamente a minha opinião.
É óbvio que esse seria o assunto mais comentado nas redes sociais (especialmente no Facebook e no Twitter). Todos querem dar a sua opinião, dizer que se importa e até converter partidários contrários. Mas, nós temos que estar alertas para duas realidades da vida existente dentro e fora do 4G de seu celular.
A primeira é que o - especialmente o - Facebook é um grande Reality Show. O que acontece lá dentro não é necessariamente mentira, nem verdade. E pouco provavelmente aconteceria na vida real. O comportamento, a personalidade, as opiniões, as preferências chegam a um grau de importância hiperbólica que não seriam expostas tão claramente ou aviltadamente (acreditem, essa palavra existe) na vida off-line.
O segundo ponto, é que o nem Brasil, nem tão pouco o mundo, está nas redes sociais. As opiniões mais divulgadas e apoiadas nas redes, não são necessariamente o que o povo pensa nas ruas. Online, quase todo mundo é sustentável, bonito, feliz, viaja todos os dias, ama os homossexuais, chora ao ver os animais sendo maltratados, planta uma árvore. Na vida real, não.
Não quero com isso tirar a importância dessas ferramentas. Elas são peças importantes da democratização da comunicação e da voz a um “zé ninguém” (Ao pessoal do politicamente correto, “zé ninguém” não é um ofensa ao seu José), como eu. Mas em tudo é preciso ver o que é positivo, potencialmente positivo, negativo e/ou potencialmente negativo.
Agora chega. Tenho que olhar meu Face.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Meu nome não é Johnny 5

Nos trens da vida, li em uma propaganda que dizia mais ou menos isso: “A vida pede de você mais Vontade”; no outro canto do vagão: “A vida pede de você mais Dedicação”; e, não na publicidade, mas com frequência dizem que a vida pede mais “Garra”, “Força”, “Vigor”, “Criatividade”, “Preparo”, etc. Na verdade, a vida só lhe pede uma coisa: que viva! Insistentemente escolhemos sobreviver.
Já disse uma vez que em terra de cego, quem tem olho é deficiente físico! Também já falei que vivemos em uma ditadura do pensamento único. Esse sistema, o capitalismo, nos cega. E ai de quem ligar o parabrisa.
Somos colocados em uma esteira e nesse caminho único trabalhamos. O que produzimos cai no colo de alguém. Não somos obrigados, mas somos doutrinados a ficar na esteira. Quem sair, ou apenas pensar em sair, sofre com o desprezo, com as gozações, com o esquecimento, com a fome. Mas quem sai, escolhe viver.
Eu me apresento e em troca ouço: prazer, meu nome é Johnny 5.

Os Revoltados

Comumente, aos adolescentes indomáveis, são atribuídos o título de "Rebelde sem Causa" (Coisa, inclusive, que não existe). No Brasil, há várias pessoas revoltadas. Claro: vivemos em um País ainda muito injusto. Mas, como somos dominados por uma elite que não quer que sejamos esclarecidos, que quer manter o poder e dinheiro que conseguiram através de nossas desgraças, uma elite representada fortemente pelos grandes jornais e meios de comunicação, criou-se em nosso meio um fenômeno que chamo de "Rebelde sem Saber a Causa". 
"Tá ruim pra mim. Tem alguém se aproveitando do meu trabalho, do meu desespero", é o que pensam. E como não sabem o motivo correto, atribuem a quem o "pensador" diz que é. Com isso, surgem páginas como o TV Revolta, que é uma divulgação da ignorância alheia, e seus seguidores, revoltados necessitados de uma resposta. Os ignorantes (digo no sentido fiel da palavra:pessoa que desconhece determinado assunto) se sentem aliviados com o desmascaramento dos culpados. Só que, na realidade, não!

segunda-feira, 31 de março de 2014

A ditadura do pensamento único

Gostaria de fazer um mestrado. Se o fizesse, falaria sobre democracia, ou sobre suas dificuldades. Minha reflexão seria estudando um fenômeno autoritário que vivemos. Eu o chamo de “ditadura do pensamento único”.
Quando fazemos parte de um grupo, pequeno ou grande, somos influenciados por ele. Acatamos ideias, ideais e atos. E o mais grave: se discordamos, podemos ser excluídos. Um exemplo é a religião. Experimenta ser um cristão praticante (católico, evangélico, etc) e dizer que o Éden é um conto. Fala que é evolucionista. No mínimo vai travar uma longa discussão e ganhar alguns rótulos como “herege”. Não vou falar de outras religiões, pois como as conheço pouco, posso ser preconceituoso e injusto na análise.
O mesmo acontece em grupos de punks, skatistas, nerds, cientistas, ambientalistas (aliás, quer deixar um ambientalista doido? Diz que não acredita no aquecimento global), entre outros. Um ponto a ser analisado nesse fenômeno é: como o grupo e/ou o pensamento são formados? Normalmente, mas não necessariamente, com um líder. Na falta de um pensador, surgem através de um conjunto de normas éticas, morais ou ideológicas. Daí passa a existir a “ditadura do pensamento único” em pequena escala e de acordo com suas preferências (também não necessariamente. Estou resumindo para manter meu propósito de textos pequenos. Esse já está grande, mas aguenta firme que está acabando).
Como esse fenômeno interfere no sistema democrático em grande escala? O filósofo canadense Marshall McLuhan criou o termo “Aldeia Global”. Nela, a população mundial passaria a viver como em uma aldeia. O que acontece com um, choca, interfere e até transforma a vida do outro. Isso só está se tornando real graças às novas tecnologias e o encurtamento das distâncias. Nesse caso, é muito mais fácil inserir um pensamento único. O principal difusor do pensamento único é a grande imprensa, que serve um só senhor: o lucro.
No mundo, há pouquíssimas empresas dominando o mercado da comunicação. São oligopólios que tendem a piorar com o tempo. E divulgam praticamente a mesma ideia. Quem discorda, não está qualificado, não é informado, não é inteligente, não está antenado e pode ser excluído da aldeia. Só um exemplo para terminar: se alguém disser que Cuba, Venezuela, Bolívia e até mesmo o Brasil estão trilhando o caminho da democracia provavelmente passará por um linchamento “intelectual”, mesmo mostrando dados para isso.

Mas a imprensa é o difusor. Não é o líder, nem criou um conjunto de norma. Nem mesmo deixa isso explicito (claro!). Deixo em aberto a partir de agora ...



Assista um vídeo do jornalista e escritor Eduardo Galeano falando sobre a "ditadura do medo" clicando aqui.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Conspirações minhas

Confesso que fiquei aliviado e menos preocupado em ver a Marcha da Família com deus (não sei qual) esvaziada. Vivendo neste mundo virtual, esqueço que o Brasil não é feito de perfis do Facebook. Graças a Deus (o Cristão, do qual eu creio).
Apesar do conforto, ainda Veja .... quer dizer, ainda vejo a possibilidade de um golpe militar no Brasil. Claro, contando com a vitória de Dilma. Em tempos de paz, acredito que seus líderes queiram aguardar até depois das olimpíadas de 2016, se as pesquisas indicarem outro presidente petista. Não acho que queiram segurar essa bucha, ou colocar em risco os jogos, que é importante para o País e o mundo. Não podemos esquecer que golpes a governos mais ligados a esquerda tem sempre o apoio e o financiamento externo.
No entanto, meu maior temor é no caso de a Guerra Fria finalmente produzir frutos. Ou destruí-los, para ser mais correto. Aí o cenário ficaria muito complicado. Seria a 3ª Guerra Mundial, óbvio, mas a primeira em todos os territórios. Ainda não vi ninguém falar sobre isso, mas já imagino os confrontos (não sou especialista em política internacional, mas vamos arriscar um palpite, mesmo que se configure numa grande asneira):
No palco principal: Rússia, Cuba e alguns dos países que compunham a URSS X União europeia e Estados Unidos.
Confrontos regionalizados na Ásia:

Pró-Rússia
Pró-E.U. e E.U.A.
Iran
x
Israel
Coreia do Norte
x
Coreia do Sul
China
x
Japão

Na América do Sul vejo, como se estivesse com uma bola de cristal na minha frente, Venezuela, Bolívia, Peru, Equador e Argentina, do lado Russo, versus Colômbia, Chile e Paraguai (pós-golpe). O Uruguai talvez consiga se livrar dos confrontos por sua localização geográfica. Se não, será pró-Rússia. E agora vem o meu medo. E o Brasil?
O estilo petista caminharia para uma abstenção. Apenas protegeria as fronteiras. Os militares adorariam andar de mãos dadas com os E.U.A. e ficariam malucos com a decisão do executivo. O discurso do terror seria decisivo para a tomada de poder. Daí o Golpe e a entrada na Guerra.
É um pensamento bem maluco, do estilo de quem acredita num golpe comunista, mas não improvável em tempos de guerra, que espero nunca aconteça.
Deus (o cristão) nos ajude!


quinta-feira, 20 de março de 2014

Carta à sociedade

Hoje eu passei por ti. E como sempre, você nem percebeu. Eu mudei meu cabelo por você. Aprendi a tocar violão. Estou usando calça jeans. Ah, sabe o emprego que me indicou? Consegui. Já fiz a matrícula na faculdade. É o que me pediu. Por que ainda me ignora? Estou no seu grupo do Facebook, mas parece que isso não importa.
Você anda tão cruel. Tenho visto o que você faz com outras pessoas, parecidas comigo. Na verdade não sei por que procuro te agradar. Não vivo mais por sua causa. Eu queria trabalhar com terra, plantar e colher, pescar nos finais de semana, ter uma esposa, filhos, mas isso não lhe agrada. Queria arrumar um modo de me separar de você. Você não gosta de ninguém, só usa algumas pessoas. Eu só queria falar isso. Acho que você precisa mudar radicalmente, caso contrário, muitos deixaram de te seguir e você não existirá mais. É isso.


Testo meu, publicado originalmente em um blog de cartas do meu amigo Jefferson Sato. Clique aqui e veja o original.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Golpe? Só se for militar

Cada dia mais ouço algumas pessoas falando sobre um golpe comunista no Brasil. Como se isso, por si só, não fosse absurdo, dizem que será liderado pelo Partido dos Trabalhadores. Os argumentos são os mais absurdos possíveis. A participação do País na melhoria do Porto de Mariel, em Cuba, por exemplo, é um deles. Um empréstimo (bem lucrativo, diga-se de passagem), com exigência de participação de empresas brasileiras (não preciso dizer que capitalistas) com ótimos lucros. Bem comunista isso, não acha? 
Poderia citar várias coisas, mas são tão ridículas quanto. O fato é: os bancos nunca lucraram tanto; as pessoas nunca compraram tanto; as empresas nunca contrataram tanto. E digo mais, digo: Nunca antes na história desse país (não resisti).
São boatos ao estilo pré 1964! Boatos que pretendem justificar um golpe militar. A história é bem parecida: a criação do instituto Millenium, o novo Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (Ipes), a nova versão da Marcha da Família, boatos de uma ditadura comunista, etc, etc. 
Dilma ganhará as eleições, é certo. Isso garantirá mais 12 anos de governo petista (sim, acredito em mais 8 anos de Lula como presidente). A oposição que não ganha nada, namora um golpe, difícil de acontecer ao estilo paraguaio por causa das articulações do governo com partidos aliados. O jeito é o militarismo, ou o PMDB. Rsrsrs

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Inverdades

Não sei por que as pessoas adesivam os carros com frases toscas. Aliás, não sei por que adesivam. Mas o que me incomoda realmente são as frases. Aquelas coisas brilhantes do tipo: “A força da tua inveja é a velocidade do meu sucesso” (Ainda mais quando está em um carro popular dos anos 1990); “Quem me vê assim não sabe pelo que passei” (Sei sim. Estou te seguindo desde que saiu de casa); e a famosa: “Foi Deus que me deu” (Mesquinho).
Hoje li uma que me chamou a atenção. Olha que preciosidade: “muitos sonham com o sucesso. Eu acordo cedo e trabalho muito para alcança-lo”. Essa é a clara ilusão capitalista de que o sucesso, sempre associado ao dinheiro, vem com muito esforço e trabalho. É a lógica que não faz sentido. Nem acordar cedo garante ascensão, nem acordar tarde a elimina. Nem mesmo um desses hábitos está mais próximo do sucesso do que o outro.
O capitalismo permite o enriquecimento de um em milhões para que a esperança não morra e você continue trabalhando duro, trazendo muito dinheiro para seu patrão. E esse um ocorre das formas mais variadas e até absurdas. Crie uma música com rimas fáceis e velhos preconceitos pra ver. Conheço gente extremamente empreendedora, corajosa, com ótimos conhecimentos administrativos, econômicos e de mercado, que já tentaram várias e várias coisas e não dão certo.
É a velha ideia de que quem tem muito trabalhou muito também. Inverdades! Uma prova disso é a matéria da Carta Capital, que você pode conferir aqui, de junho de 2013, sobre a ilegalidade dos documentos de posse de terra no Brasil. “Ilusão de ilusão, diz o sábio, tudo é ilusão”.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Ressentido

Bom dia a todos. Falando diretamente do centro do mundo, que sou eu, venho trazer as mais novas notícias do nosso cotidiano. Se você está falando de mim, ou pensa em mim quando fala, sua indireta é muito bem vinda.
Fulano diz: "tem gente que não se emenda".
Eu respondo: "cuida da sua vida".
Ciclano diz: "o mundo está cheio de gente querendo tirar vantagem em tudo".
Eu respondo: "fala na cara".
Beltrano diz: "o dólar subiu".
Eu respondo: "falar de mim é fácil, difícil é ser eu".
Tudo tem a ver comigo. Eu sei.
Eu sou o centro do mundo. Olha no mapa. Eu gosto de repetir a palavra “eu” para confirmar isso. E assim vou vivendo, sofrendo e querendo esse amor doentio. Mas se falto pra mim, meu mundo sem mim, também é vazio.
E se algo que disse lhe ofendeu, me desculpe. Não foi minha intenção. Mas é difícil não falar de algo tão importante como o centro do mundo.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Estou de Volta

Seguindo um conselho da época de faculdade: “sempre que não se sabe sobre o que escrever, escreva sobre isso". Estou reativando meu blog e não tenho ideia do que lhe dizer. Até tenho algo em mente, mas não quero falar sobre isso. Aliás, acho que serei a única censura desse meio.
Escolhi manter o texto original de explicação. Gosto de admitir o meu desconhecimento sobre as coisas. Com isso, perco certa responsabilidade sobre minhas opiniões (não que elas não sejam cansativamente bem refletidas, porque são). Na verdade é só uma rebeldia contra o academicismo de plantão. Ter especialistas falando sobre suas especialidades e ganhando algum crédito por isso, mesmo que estejam defecando pela boca, é uma cultura que me causa asco.
Escreverei, sempre que possível, textos pequenos (acredito ser mais aceito na internet), sobre temas variados e com frequência. Boa parte, apenas reflexões. Seja bem vindo para comentar, compartilhar e criticar. Você pode contribuir com temas. Vamos ver até onde isso vai.