quarta-feira, 23 de junho de 2010

Deve ser isso. Ou não.

Um, dois, três, quatro... é impossível contar no dedo. O certo é que são muitos. Vivem no meio da sujeira, lixo e doença. Tomam banho nas fontes – Ainda bem que elas são só decorativas, ninguém vive dessa água. Passamos de um lado para o outro, caminhamos nas praças, em frente às igrejas, vemos lanchonetes limpas, sujas e mais ou menos e sempre nos deparamos com eles, seja esmolando nas praças, pedindo a ajuda de Deus nas igrejas e comida nas lanchonetes limpas, sujas e mais ou menos, vasculhando o lixo, o luxo, o desuso e o desumano. Usam drogas, fazem filhos e amigos que na primeira oportunidade comerão seu único pão. Sentem mais frio no inverno, mais calor no verão, mais ódio a cada dia, amor nenhum.
Companheiros e companheiras não serão presidentes, não são lembrados nem aparentes, são pessoas, mas não gente, são rimas sem sentido e sem poesia presente, nessa crônica quase, para manter a rima, ausente.
Paremos com isso porque a vida não é tão bela assim. Nem toda estética do mundo pode lhe fazer perceber a falta de ética presente na ética corrente – essa rima não foi intencional, mas veio a calhar. Enquanto, em um prédio na Quinze de Outubro, bilhões de dólares, reais e irreais, são negociados todos os dias através de ações no mercado, dezenas de pessoas negociam um pedaço de pão, um pouquinho de dinheiro e de esquecimento.
Continuo: Moradores do centro da cidade de São Paulo vivem na periferia da sociedade, dormem nas camas de pedra, sem palha, só pedra. Tem gente na minha frente falando de beleza, roupa, homens e mulheres, bebidas, marcas e mais o que? Não sei. Alguém Sabe? Que me adianta um emprego nessa construção, Niemayer ainda não morreu, Marcelo Tas fez 50. O trem de carga está passando, o metrô atrasou. Onde está a rosa dos ventos? No marco zero tem uma igreja e no caminho uma pedra. Isso não faz mais sentido. Certamente que não.

8 comentários:

  1. O sentido é algo que criamos em nós. Porque o sentido é o que nos faz sentido. O resto é só injusto e esquecível.

    ResponderExcluir
  2. celio dal seo junior23 de junho de 2010 às 11:19

    bicho vcs estao muito doidos, sobro pra mim ai hehehehehehehe boa sorte, sobre sua verdade inconstante sobre a sua busca da sabedoria ou da incerteza fundada por metodos arcaicos sobre onde deve-se buscar a verdadeira razao do certo ou do errado ou da ignorancia, so sei q apartir do momento que nao seremos mais manipulados pelos outros ? será que estaremos andando no camino certo ou estaremos sendo manipulados novamente ?? abraços

    ResponderExcluir
  3. celio dal seno junior23 de junho de 2010 às 11:20

    droga meu nome saiu errado e celio Dal Seno junior hehehehehe

    ResponderExcluir
  4. E as suas incógnitas assim como as minhas continuam a nos perseguir, ou, talvez nós a elas... A verdade é que mesmo nos questionando e questionando o mundo, infelizmente também fazemos parte dessa "manipulação", o tempo é curto e tudo e o nada são exigidos de nós, e tudo isso é a tecnologia?! e danada globalização. E isso realmente não têm sentido.

    Jeanne Bernardo.

    ResponderExcluir
  5. Vejo que o blog está fazendo muito sucesso! A galera tá curtindo e aparecendo para comentar!

    Aliás, aproveito aqui para fazer um convite e uma divulgação para o Danillo e qualquer visitante que se interesse:

    Tenho um blog em que eu e uma amiga publicamos cartas que os visitantes escrevem. É só enviar para gente. O remetente pode ser real ou fictício, vivo ou não. O tema também não importa. O que importa é que venha do âmago. Daí o nome do blog.
    Então convido todos a visitarem e participarem: http://doamago.blogspot.com

    ResponderExcluir
  6. Depois dessa propaganda bem feita, já mandei a minha carta. Só falta você.

    ResponderExcluir