sábado, 1 de julho de 2017

Carta aberta ao Partido dos Trabalhadores

            Querido PT, quero lhe lembrar que você não é raro. Você é único! Não houve no Brasil outro partido que viesse da sociedade. Um partido de massa. Uma militância popular, trabalhadora, sindical, intelectual, forte. Todos os outros vieram da conjuntura política existente. Nasceram autoritários!
Você sabe que alcançou feitos antes inimagináveis e canso só de pensar em citar todos. E como esse exercício é feito constantemente, não o farei. Mas esses feitos têm um gosta amargo. O amargo da ideia de governabilidade que tomou conta do partido. O amargo de ver a legenda se desvincular das massas e se tornar mais um partido de quadros. Posição que nada tem a ver com a sua própria militância.
Lamento tê-los como a principal esperança para que este País saia do limbo onde se meteu, com sua ajuda direta ou indiretamente. Apelo à sua consciência. Para que reflita sobre o papel que quer deixar para a história.
Enquanto a população perde o dia de trabalho, de aula e até mesmo de lazer com a família e vai às ruas gritar Golpe, o partido continua com seus conchavos, brincando de oposição no congresso, negociando com golpistas para presidir comissões. Brincando de recorrer ao Supremo Tribunal Federal para tentar reverter decisões do legislativo. Ora, não percebe que as instituições acabaram no momento do golpe? Que estamos vivendo sob um grande “Pacto Nacional, com STF, com tudo”? Quantas confissões divulgadas são necessárias para compreender isso? Ou será que esqueceram o que é fazer política fora do poder? Esqueceram de como se faz política nas ruas?
Confesso que o momento ideal já passou. E o que passou, passou. Não adianta querer voltar atrás. Mas este é um bom momento. O STF acabou de declarar que faz parte do Pacto. Se ainda não estava claro, agora cega de tão reluzente. O Partido dos Trabalhadores precisa urgentemente deixar o congresso! Por muito, mais muito menos, a direita fez isso na Venezuela e ganhou espaço. A população quer romper com tudo isso que está aí. Não aguenta mais o mesmo jogo. É preciso haver uma ruptura! Cada dia que passa com um petista ocupando o cargo de deputado ou senador, o golpe é validado. E validado por você! E o militante, pobre sonhador, faz papel de tonto nas ruas. Sofre por algo que os parlamentares petistas parecem nem ter sofrido. Ou você acha que está fazendo alguma diferença na oposição? Até agora não barrou nada! Nenhum projeto nefasto desse desgoverno foi se quer ameaçado.
Partido dos Trabalhadores, volte a sua origem. Você fará muito mais diferença nas ruas do que no congresso. Precisamos de uma mobilização na sociedade. Temos que defender a anulação do impeachment, a dissolução do Congresso Nacional e do STF e a criação de uma assembleia constituinte a fim de repensar o Brasil. Seja responsável! Seja o Partido dos Trabalhadores!

Danillo Dal Seno
São Paulo, 01 de julho de 2017



quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Bobagens da vida

Extremamente irritado com as pessoas que se valem através de um diploma. Pessoas que se acham elite por possuir um curso de nível superior. Acham, como acontecia antigamente, que todos deveriam lhe chamar de doutor; que sua opinião é mais importante ou mais digna; que tem autoridade para falar. São puros ignorantes. Não sabem de nada. Seu diploma é um papel. Seu conhecimento não é superior. Você não é mais importante que ninguém. Dê oportunidade que qualquer um terá um diploma, se quiser, porque tem essa também. É algo dispensável. Tenho conhecidos que podiam, mas decidiram não fazer faculdade. Trilharam outros caminhos. E, se você considera que ter dinheiro é sucesso, eles estão muito melhor do que a maioria dos graduados. Então, converse como igual. Deixe o diploma em casa antes de debater algo.
É difícil, né? Vou lhe recomendar um curso sobre isso.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

As redes sociais e a vida off-line

Muitas coisas rolaram nas redes sociais nestas eleições. Desde boas ideias, propostas e argumentos a favor ou contra um candidato; até atos preconceituosos (vergonhoso), xingamentos, exclusões de perfis, perda de “amizades” e rompimentos em família. Tudo isso será resolvido na ceia de Natal (Antes das criticas a piadinha: se você não entendeu, diminui grosseiramente a importância desse assunto porque não quero falar sobre isso agora. Foi apenas uma abertura para o que virá depois). Entretanto, o que se comemora por aí foi o interesse popular na política e em um futuro melhor. Dizem que foi o maior empenho público da história no assunto. Mesmo que ninguém tenha me perguntado (algo muito legal online), essa não é exatamente a minha opinião.
É óbvio que esse seria o assunto mais comentado nas redes sociais (especialmente no Facebook e no Twitter). Todos querem dar a sua opinião, dizer que se importa e até converter partidários contrários. Mas, nós temos que estar alertas para duas realidades da vida existente dentro e fora do 4G de seu celular.
A primeira é que o - especialmente o - Facebook é um grande Reality Show. O que acontece lá dentro não é necessariamente mentira, nem verdade. E pouco provavelmente aconteceria na vida real. O comportamento, a personalidade, as opiniões, as preferências chegam a um grau de importância hiperbólica que não seriam expostas tão claramente ou aviltadamente (acreditem, essa palavra existe) na vida off-line.
O segundo ponto, é que o nem Brasil, nem tão pouco o mundo, está nas redes sociais. As opiniões mais divulgadas e apoiadas nas redes, não são necessariamente o que o povo pensa nas ruas. Online, quase todo mundo é sustentável, bonito, feliz, viaja todos os dias, ama os homossexuais, chora ao ver os animais sendo maltratados, planta uma árvore. Na vida real, não.
Não quero com isso tirar a importância dessas ferramentas. Elas são peças importantes da democratização da comunicação e da voz a um “zé ninguém” (Ao pessoal do politicamente correto, “zé ninguém” não é um ofensa ao seu José), como eu. Mas em tudo é preciso ver o que é positivo, potencialmente positivo, negativo e/ou potencialmente negativo.
Agora chega. Tenho que olhar meu Face.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Meu nome não é Johnny 5

Nos trens da vida, li em uma propaganda que dizia mais ou menos isso: “A vida pede de você mais Vontade”; no outro canto do vagão: “A vida pede de você mais Dedicação”; e, não na publicidade, mas com frequência dizem que a vida pede mais “Garra”, “Força”, “Vigor”, “Criatividade”, “Preparo”, etc. Na verdade, a vida só lhe pede uma coisa: que viva! Insistentemente escolhemos sobreviver.
Já disse uma vez que em terra de cego, quem tem olho é deficiente físico! Também já falei que vivemos em uma ditadura do pensamento único. Esse sistema, o capitalismo, nos cega. E ai de quem ligar o parabrisa.
Somos colocados em uma esteira e nesse caminho único trabalhamos. O que produzimos cai no colo de alguém. Não somos obrigados, mas somos doutrinados a ficar na esteira. Quem sair, ou apenas pensar em sair, sofre com o desprezo, com as gozações, com o esquecimento, com a fome. Mas quem sai, escolhe viver.
Eu me apresento e em troca ouço: prazer, meu nome é Johnny 5.

Os Revoltados

Comumente, aos adolescentes indomáveis, são atribuídos o título de "Rebelde sem Causa" (Coisa, inclusive, que não existe). No Brasil, há várias pessoas revoltadas. Claro: vivemos em um País ainda muito injusto. Mas, como somos dominados por uma elite que não quer que sejamos esclarecidos, que quer manter o poder e dinheiro que conseguiram através de nossas desgraças, uma elite representada fortemente pelos grandes jornais e meios de comunicação, criou-se em nosso meio um fenômeno que chamo de "Rebelde sem Saber a Causa". 
"Tá ruim pra mim. Tem alguém se aproveitando do meu trabalho, do meu desespero", é o que pensam. E como não sabem o motivo correto, atribuem a quem o "pensador" diz que é. Com isso, surgem páginas como o TV Revolta, que é uma divulgação da ignorância alheia, e seus seguidores, revoltados necessitados de uma resposta. Os ignorantes (digo no sentido fiel da palavra:pessoa que desconhece determinado assunto) se sentem aliviados com o desmascaramento dos culpados. Só que, na realidade, não!

segunda-feira, 31 de março de 2014

A ditadura do pensamento único

Gostaria de fazer um mestrado. Se o fizesse, falaria sobre democracia, ou sobre suas dificuldades. Minha reflexão seria estudando um fenômeno autoritário que vivemos. Eu o chamo de “ditadura do pensamento único”.
Quando fazemos parte de um grupo, pequeno ou grande, somos influenciados por ele. Acatamos ideias, ideais e atos. E o mais grave: se discordamos, podemos ser excluídos. Um exemplo é a religião. Experimenta ser um cristão praticante (católico, evangélico, etc) e dizer que o Éden é um conto. Fala que é evolucionista. No mínimo vai travar uma longa discussão e ganhar alguns rótulos como “herege”. Não vou falar de outras religiões, pois como as conheço pouco, posso ser preconceituoso e injusto na análise.
O mesmo acontece em grupos de punks, skatistas, nerds, cientistas, ambientalistas (aliás, quer deixar um ambientalista doido? Diz que não acredita no aquecimento global), entre outros. Um ponto a ser analisado nesse fenômeno é: como o grupo e/ou o pensamento são formados? Normalmente, mas não necessariamente, com um líder. Na falta de um pensador, surgem através de um conjunto de normas éticas, morais ou ideológicas. Daí passa a existir a “ditadura do pensamento único” em pequena escala e de acordo com suas preferências (também não necessariamente. Estou resumindo para manter meu propósito de textos pequenos. Esse já está grande, mas aguenta firme que está acabando).
Como esse fenômeno interfere no sistema democrático em grande escala? O filósofo canadense Marshall McLuhan criou o termo “Aldeia Global”. Nela, a população mundial passaria a viver como em uma aldeia. O que acontece com um, choca, interfere e até transforma a vida do outro. Isso só está se tornando real graças às novas tecnologias e o encurtamento das distâncias. Nesse caso, é muito mais fácil inserir um pensamento único. O principal difusor do pensamento único é a grande imprensa, que serve um só senhor: o lucro.
No mundo, há pouquíssimas empresas dominando o mercado da comunicação. São oligopólios que tendem a piorar com o tempo. E divulgam praticamente a mesma ideia. Quem discorda, não está qualificado, não é informado, não é inteligente, não está antenado e pode ser excluído da aldeia. Só um exemplo para terminar: se alguém disser que Cuba, Venezuela, Bolívia e até mesmo o Brasil estão trilhando o caminho da democracia provavelmente passará por um linchamento “intelectual”, mesmo mostrando dados para isso.

Mas a imprensa é o difusor. Não é o líder, nem criou um conjunto de norma. Nem mesmo deixa isso explicito (claro!). Deixo em aberto a partir de agora ...



Assista um vídeo do jornalista e escritor Eduardo Galeano falando sobre a "ditadura do medo" clicando aqui.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Conspirações minhas

Confesso que fiquei aliviado e menos preocupado em ver a Marcha da Família com deus (não sei qual) esvaziada. Vivendo neste mundo virtual, esqueço que o Brasil não é feito de perfis do Facebook. Graças a Deus (o Cristão, do qual eu creio).
Apesar do conforto, ainda Veja .... quer dizer, ainda vejo a possibilidade de um golpe militar no Brasil. Claro, contando com a vitória de Dilma. Em tempos de paz, acredito que seus líderes queiram aguardar até depois das olimpíadas de 2016, se as pesquisas indicarem outro presidente petista. Não acho que queiram segurar essa bucha, ou colocar em risco os jogos, que é importante para o País e o mundo. Não podemos esquecer que golpes a governos mais ligados a esquerda tem sempre o apoio e o financiamento externo.
No entanto, meu maior temor é no caso de a Guerra Fria finalmente produzir frutos. Ou destruí-los, para ser mais correto. Aí o cenário ficaria muito complicado. Seria a 3ª Guerra Mundial, óbvio, mas a primeira em todos os territórios. Ainda não vi ninguém falar sobre isso, mas já imagino os confrontos (não sou especialista em política internacional, mas vamos arriscar um palpite, mesmo que se configure numa grande asneira):
No palco principal: Rússia, Cuba e alguns dos países que compunham a URSS X União europeia e Estados Unidos.
Confrontos regionalizados na Ásia:

Pró-Rússia
Pró-E.U. e E.U.A.
Iran
x
Israel
Coreia do Norte
x
Coreia do Sul
China
x
Japão

Na América do Sul vejo, como se estivesse com uma bola de cristal na minha frente, Venezuela, Bolívia, Peru, Equador e Argentina, do lado Russo, versus Colômbia, Chile e Paraguai (pós-golpe). O Uruguai talvez consiga se livrar dos confrontos por sua localização geográfica. Se não, será pró-Rússia. E agora vem o meu medo. E o Brasil?
O estilo petista caminharia para uma abstenção. Apenas protegeria as fronteiras. Os militares adorariam andar de mãos dadas com os E.U.A. e ficariam malucos com a decisão do executivo. O discurso do terror seria decisivo para a tomada de poder. Daí o Golpe e a entrada na Guerra.
É um pensamento bem maluco, do estilo de quem acredita num golpe comunista, mas não improvável em tempos de guerra, que espero nunca aconteça.
Deus (o cristão) nos ajude!