terça-feira, 28 de outubro de 2014

As redes sociais e a vida off-line

Muitas coisas rolaram nas redes sociais nestas eleições. Desde boas ideias, propostas e argumentos a favor ou contra um candidato; até atos preconceituosos (vergonhoso), xingamentos, exclusões de perfis, perda de “amizades” e rompimentos em família. Tudo isso será resolvido na ceia de Natal (Antes das criticas a piadinha: se você não entendeu, diminui grosseiramente a importância desse assunto porque não quero falar sobre isso agora. Foi apenas uma abertura para o que virá depois). Entretanto, o que se comemora por aí foi o interesse popular na política e em um futuro melhor. Dizem que foi o maior empenho público da história no assunto. Mesmo que ninguém tenha me perguntado (algo muito legal online), essa não é exatamente a minha opinião.
É óbvio que esse seria o assunto mais comentado nas redes sociais (especialmente no Facebook e no Twitter). Todos querem dar a sua opinião, dizer que se importa e até converter partidários contrários. Mas, nós temos que estar alertas para duas realidades da vida existente dentro e fora do 4G de seu celular.
A primeira é que o - especialmente o - Facebook é um grande Reality Show. O que acontece lá dentro não é necessariamente mentira, nem verdade. E pouco provavelmente aconteceria na vida real. O comportamento, a personalidade, as opiniões, as preferências chegam a um grau de importância hiperbólica que não seriam expostas tão claramente ou aviltadamente (acreditem, essa palavra existe) na vida off-line.
O segundo ponto, é que o nem Brasil, nem tão pouco o mundo, está nas redes sociais. As opiniões mais divulgadas e apoiadas nas redes, não são necessariamente o que o povo pensa nas ruas. Online, quase todo mundo é sustentável, bonito, feliz, viaja todos os dias, ama os homossexuais, chora ao ver os animais sendo maltratados, planta uma árvore. Na vida real, não.
Não quero com isso tirar a importância dessas ferramentas. Elas são peças importantes da democratização da comunicação e da voz a um “zé ninguém” (Ao pessoal do politicamente correto, “zé ninguém” não é um ofensa ao seu José), como eu. Mas em tudo é preciso ver o que é positivo, potencialmente positivo, negativo e/ou potencialmente negativo.
Agora chega. Tenho que olhar meu Face.

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