segunda-feira, 31 de março de 2014

A ditadura do pensamento único

Gostaria de fazer um mestrado. Se o fizesse, falaria sobre democracia, ou sobre suas dificuldades. Minha reflexão seria estudando um fenômeno autoritário que vivemos. Eu o chamo de “ditadura do pensamento único”.
Quando fazemos parte de um grupo, pequeno ou grande, somos influenciados por ele. Acatamos ideias, ideais e atos. E o mais grave: se discordamos, podemos ser excluídos. Um exemplo é a religião. Experimenta ser um cristão praticante (católico, evangélico, etc) e dizer que o Éden é um conto. Fala que é evolucionista. No mínimo vai travar uma longa discussão e ganhar alguns rótulos como “herege”. Não vou falar de outras religiões, pois como as conheço pouco, posso ser preconceituoso e injusto na análise.
O mesmo acontece em grupos de punks, skatistas, nerds, cientistas, ambientalistas (aliás, quer deixar um ambientalista doido? Diz que não acredita no aquecimento global), entre outros. Um ponto a ser analisado nesse fenômeno é: como o grupo e/ou o pensamento são formados? Normalmente, mas não necessariamente, com um líder. Na falta de um pensador, surgem através de um conjunto de normas éticas, morais ou ideológicas. Daí passa a existir a “ditadura do pensamento único” em pequena escala e de acordo com suas preferências (também não necessariamente. Estou resumindo para manter meu propósito de textos pequenos. Esse já está grande, mas aguenta firme que está acabando).
Como esse fenômeno interfere no sistema democrático em grande escala? O filósofo canadense Marshall McLuhan criou o termo “Aldeia Global”. Nela, a população mundial passaria a viver como em uma aldeia. O que acontece com um, choca, interfere e até transforma a vida do outro. Isso só está se tornando real graças às novas tecnologias e o encurtamento das distâncias. Nesse caso, é muito mais fácil inserir um pensamento único. O principal difusor do pensamento único é a grande imprensa, que serve um só senhor: o lucro.
No mundo, há pouquíssimas empresas dominando o mercado da comunicação. São oligopólios que tendem a piorar com o tempo. E divulgam praticamente a mesma ideia. Quem discorda, não está qualificado, não é informado, não é inteligente, não está antenado e pode ser excluído da aldeia. Só um exemplo para terminar: se alguém disser que Cuba, Venezuela, Bolívia e até mesmo o Brasil estão trilhando o caminho da democracia provavelmente passará por um linchamento “intelectual”, mesmo mostrando dados para isso.

Mas a imprensa é o difusor. Não é o líder, nem criou um conjunto de norma. Nem mesmo deixa isso explicito (claro!). Deixo em aberto a partir de agora ...



Assista um vídeo do jornalista e escritor Eduardo Galeano falando sobre a "ditadura do medo" clicando aqui.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Conspirações minhas

Confesso que fiquei aliviado e menos preocupado em ver a Marcha da Família com deus (não sei qual) esvaziada. Vivendo neste mundo virtual, esqueço que o Brasil não é feito de perfis do Facebook. Graças a Deus (o Cristão, do qual eu creio).
Apesar do conforto, ainda Veja .... quer dizer, ainda vejo a possibilidade de um golpe militar no Brasil. Claro, contando com a vitória de Dilma. Em tempos de paz, acredito que seus líderes queiram aguardar até depois das olimpíadas de 2016, se as pesquisas indicarem outro presidente petista. Não acho que queiram segurar essa bucha, ou colocar em risco os jogos, que é importante para o País e o mundo. Não podemos esquecer que golpes a governos mais ligados a esquerda tem sempre o apoio e o financiamento externo.
No entanto, meu maior temor é no caso de a Guerra Fria finalmente produzir frutos. Ou destruí-los, para ser mais correto. Aí o cenário ficaria muito complicado. Seria a 3ª Guerra Mundial, óbvio, mas a primeira em todos os territórios. Ainda não vi ninguém falar sobre isso, mas já imagino os confrontos (não sou especialista em política internacional, mas vamos arriscar um palpite, mesmo que se configure numa grande asneira):
No palco principal: Rússia, Cuba e alguns dos países que compunham a URSS X União europeia e Estados Unidos.
Confrontos regionalizados na Ásia:

Pró-Rússia
Pró-E.U. e E.U.A.
Iran
x
Israel
Coreia do Norte
x
Coreia do Sul
China
x
Japão

Na América do Sul vejo, como se estivesse com uma bola de cristal na minha frente, Venezuela, Bolívia, Peru, Equador e Argentina, do lado Russo, versus Colômbia, Chile e Paraguai (pós-golpe). O Uruguai talvez consiga se livrar dos confrontos por sua localização geográfica. Se não, será pró-Rússia. E agora vem o meu medo. E o Brasil?
O estilo petista caminharia para uma abstenção. Apenas protegeria as fronteiras. Os militares adorariam andar de mãos dadas com os E.U.A. e ficariam malucos com a decisão do executivo. O discurso do terror seria decisivo para a tomada de poder. Daí o Golpe e a entrada na Guerra.
É um pensamento bem maluco, do estilo de quem acredita num golpe comunista, mas não improvável em tempos de guerra, que espero nunca aconteça.
Deus (o cristão) nos ajude!


quinta-feira, 20 de março de 2014

Carta à sociedade

Hoje eu passei por ti. E como sempre, você nem percebeu. Eu mudei meu cabelo por você. Aprendi a tocar violão. Estou usando calça jeans. Ah, sabe o emprego que me indicou? Consegui. Já fiz a matrícula na faculdade. É o que me pediu. Por que ainda me ignora? Estou no seu grupo do Facebook, mas parece que isso não importa.
Você anda tão cruel. Tenho visto o que você faz com outras pessoas, parecidas comigo. Na verdade não sei por que procuro te agradar. Não vivo mais por sua causa. Eu queria trabalhar com terra, plantar e colher, pescar nos finais de semana, ter uma esposa, filhos, mas isso não lhe agrada. Queria arrumar um modo de me separar de você. Você não gosta de ninguém, só usa algumas pessoas. Eu só queria falar isso. Acho que você precisa mudar radicalmente, caso contrário, muitos deixaram de te seguir e você não existirá mais. É isso.


Testo meu, publicado originalmente em um blog de cartas do meu amigo Jefferson Sato. Clique aqui e veja o original.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Golpe? Só se for militar

Cada dia mais ouço algumas pessoas falando sobre um golpe comunista no Brasil. Como se isso, por si só, não fosse absurdo, dizem que será liderado pelo Partido dos Trabalhadores. Os argumentos são os mais absurdos possíveis. A participação do País na melhoria do Porto de Mariel, em Cuba, por exemplo, é um deles. Um empréstimo (bem lucrativo, diga-se de passagem), com exigência de participação de empresas brasileiras (não preciso dizer que capitalistas) com ótimos lucros. Bem comunista isso, não acha? 
Poderia citar várias coisas, mas são tão ridículas quanto. O fato é: os bancos nunca lucraram tanto; as pessoas nunca compraram tanto; as empresas nunca contrataram tanto. E digo mais, digo: Nunca antes na história desse país (não resisti).
São boatos ao estilo pré 1964! Boatos que pretendem justificar um golpe militar. A história é bem parecida: a criação do instituto Millenium, o novo Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (Ipes), a nova versão da Marcha da Família, boatos de uma ditadura comunista, etc, etc. 
Dilma ganhará as eleições, é certo. Isso garantirá mais 12 anos de governo petista (sim, acredito em mais 8 anos de Lula como presidente). A oposição que não ganha nada, namora um golpe, difícil de acontecer ao estilo paraguaio por causa das articulações do governo com partidos aliados. O jeito é o militarismo, ou o PMDB. Rsrsrs